sexta-feira, 21 de novembro de 2008


Renascer

Já não tenho pranto
Para chorar a tristeza
Que mora em meu ser
Se as lágrimas secaram...
Dentro e fora de mim
Há um solo ressequido
Onde nada brota e viceja...
Plantei o amor e a alegria
E a decepção os matou...
Nesse terreno, antes fértil
Não germina sentimento
Não se enraíza nada...
É uma extrema secura!
Das veias do meu coração
Já se foram as últimas
Gotas da minha canção
A canção do amor...
Esvaziou-se corpo e espírito
Apagou-se a luz derradeira...
É preciso partir desgarrada
Para voltar inteira...

domingo, 16 de novembro de 2008


A lua que amo

Sentar à janela
Perto da varanda
Centrada na lua
Para absorver sua luz...
E, na sua face nua
Sentir os raios que refletem
A saudade que mora aqui
Bem dentro de mim...

Tragar a beleza desse céu
Pontilhado de estrelas
Que brilham incessantemente
E ficar tonta de emoção
É permitir ir mais além...
É cavalgar à procura da paz
Montada nos raios prateados
Desse cavalo branco que me satisfaz...

Ouvir uma canção distante
E, nessa melodia que inebria meu ser
Poder retocar meu coração
Iluminado nesse instante...
É chegar ao gozo pleno do amor
Que passeia pelo meu corpo
Aplainando deslizes
Curando cicatrizes...