quarta-feira, 31 de dezembro de 2008


Escrevendo um sonho.



Em Dezembro, olhando o horizonte,

Fixando o firmamento, oculto e misterioso,

Mas para mim contemplado, como aconchego,

Escrevi na cauda de uma estrelas,

Um novo desejo, uma nova fé,

Pedindo ao pequenino ponto de luz,

Para levar para longe as minhas agonias,



Navegando nos braços do devaneio,

Escrevendo partes do meu sonho,

Rabisquei nas penas de uma ave, as minhas,

Suplicando que as leve para bem longe,

E as entregue aos braços da remissão,

Voltando de lá com um caminho renovado.



Rememorando os dias percorridos,

A esgravatar caminhos de futuro,

Escrevi nas areias de uma praia deserta,

Mensagens de um futuro desejado,

Orando as ondas que levem meus escritos,

Até ao mar do profundo conhecimento.



Então o passar do trem, despertou meu corpo sonhado,

Na velha estação, onde meus passos calcavam,

As pedras já tantas vezes pisadas,

Ensopadas por prantos sofridos,

E por vezes de risos prenhes de felicidade,

Paridos em mim como esperanças de futuro.




Eduardo Jorge, em 29 de Dezembro de 2008




Feliz ano novo


eduardojorge@msn.com