quarta-feira, 30 de julho de 2008


Desilusão

Soneto

Já não há alento em meu coração
Nos meus olhos o brilho desfalece
Pálida a minha face esmaece
Os dias se acabam em desolação!

Que foi a vida nesse turbilhão
Da consciência que sempre emudece
O corpo cansado, sinto que fenece...
Ante o estado febril de exaustão!

Agora só há tempo pra saudade
De tudo que se quis e não vingou
Chorar as dores é sofrer embalde.

E depois que a saudade se alojou
No coração com olhos de piedade
Emudeço e vivo a mais triste dor!

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