quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Vem...






Vem!...

Vem!...
A última estrela já se apagou
É tarde... preciso te falar. Vem...
Há em cada pensamento escondido
Uma imagem partida... de alguém.

Vem!...
A lua já não tem seu brilho intenso
Sua magia perdeu-se na ilusão
Que fascinava o meu corpo tenso
Sua luz era sonho na solidão.

Vem!...
É tempo de reavaliar o que ficou
Sentimentos mutilados, sem brilho
Como a lua que, ao chegar radiante do sol
Esmaece sem graça no infinito.

Vem!...
Eu cá estou. No céu, a luz do sol
Para curar as cicatrizes feitas
Depois do abandono...
Por que esperar um novo arrebol?

Vem!...
Transforma tua inconstância
Em presença sempre aceita
Agora é a hora certa
Para enclausurar ilusões desfeitas.

Vem!...

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