sexta-feira, 7 de novembro de 2008



A espera

Esperar... Lamentar... Esperar...
Na espera há uma desvelada vontade
Visível no triste olhar e no lamento
Cujas palavras furam o pensamento
E se perdem ao som da saudade.

Na voz que chega há um clamor
Há esperança de um grande amor
Esquecido, perdido nas voltas
Que o tempo vai dando pela vida
Para deixá-la de alegria envolta
E enterrar uma existência sofrida.

Um grande amor que supere
As asperezas de um amor qualquer
Um puro e verdadeiro amor
Que seja o meu bem-me-quer
Que dê a minha vida sentido e cor
E seja anunciador da paz e da ternura
Será, então, minha tão sonhada ventura.

Que esse amor seja único
Fomentando afetos e carícias
Para fermentar uma união
De corpos e de alma
Capaz de apagar com o seu calor
As feridas invisíveis e secretas
Cobertas com faixas de dor
E cobri-las com as essências mais discretas.

Um amor que possa afagar
Com os sentimentos mais sublimes
O corpo alquebrado pelas palavras
Ditas sem calor e emoção...
Um amor que traga muita alegria
Para aquecer e deixar acesa no coração
A chama que sufocará a nostalgia
E fará renascer o afeto e a ternura
Numa relação mais doce e pura!

Que esse amor ideal
Suscite em cada amante
Contatos mais aconchegantes
Que o prazer seja, de fato, real
E permaneça infinitamente...
Mesmo nos dias menos encantados
Possa a alegria dos corpos abraçados
Espargir no ar sua magia docemente!
Para cantar com a lua e as estrelas
Um novo canto de amor e alegria!

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