quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Escrevendo um sonho.
Em Dezembro, olhando o horizonte,
Fixando o firmamento, oculto e misterioso,
Mas para mim contemplado, como aconchego,
Escrevi na cauda de uma estrelas,
Um novo desejo, uma nova fé,
Pedindo ao pequenino ponto de luz,
Para levar para longe as minhas agonias,
Navegando nos braços do devaneio,
Escrevendo partes do meu sonho,
Rabisquei nas penas de uma ave, as minhas,
Suplicando que as leve para bem longe,
E as entregue aos braços da remissão,
Voltando de lá com um caminho renovado.
Rememorando os dias percorridos,
A esgravatar caminhos de futuro,
Escrevi nas areias de uma praia deserta,
Mensagens de um futuro desejado,
Orando as ondas que levem meus escritos,
Até ao mar do profundo conhecimento.
Então o passar do trem, despertou meu corpo sonhado,
Na velha estação, onde meus passos calcavam,
As pedras já tantas vezes pisadas,
Ensopadas por prantos sofridos,
E por vezes de risos prenhes de felicidade,
Paridos em mim como esperanças de futuro.
Eduardo Jorge, em 29 de Dezembro de 2008
Feliz ano novo
eduardojorge@msn.com
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Já é Natal!
O Natal se aproxima!
Há uma doce melodia no ar...
As pessoas parecem agora mais ternas e amorosas!
Por que durante o ano, brigam entre si, odeiam-se, caluniam-se?
É a corrida atrás dos bens materiais, corrida desenfreada
Que os deixa cada vez mais secos, duros e insensíveis!
Oh! Corações de pedra! Oh! Detentores de Poder!
Revolvam seus pensamentos e busquem dentro de si
Sentimentos que constroem, sonhos que humanizam!
E deixem que os bons fluidos escorram de todo o seu corpo
E cheguem até os irmãos necessitados, em suave melodia!
Meditem sobre o significado da Vida! Em todo o tempo!
Não só quando chega o Natal, o Dia de Natal!
Época em que se enviam cartões
Que se promovem confraternizações
Realizam-se festas e trocam-se presentes
Entrelaçados por abraços de felicitação
Nem sempre fraternos, nem sempre sinceros...
Esquecem-se da razão principal desses acontecimentos!
Mas a Noite de Natal transcorre serena...
Envolvida em sopros de paz, em cânticos de alegria...
Jesus nasceu! O Salvador do mundo!
É Ele o motivo maior dos nossos encontros, das nossas reuniões...
Ao Aniversariante devem ser dadas as honras da casa....
Nele, e somente Nele está a razão de festejarmos o Natal!
Mas isso acontece somente nos lares em que o sentido
E a mensagem trazida há mais de dois mil anos foi absorvida
Vivida com solidariedade e amor!
Feliz Natal!
Natal do consumismo
O que se vê nos dias que antecedem o Natal?
Vê-se o Natal do consumismo, que movimenta as ruas
que enche as lojas, que embeleza as vitrinas...
que põe nos ares os muitos sons que confundem as pessoas
no corre-corre das compras...
Vê-se o Natal da mesa farta, dos presentes caros e, às vezes
acompanhados da escassez do amor, da ternura, do afeto.
Natal! Sentimento maior que ainda encontra ressonância
em muitos lares cristãos, onde se rezam novenas, armam-se
árvores e presépios e o Menino Jesus é colocado em lugar de
destaque, como o aniversariante!
Reflexivamente, as perguntas:
O que representa o Natal para você, caro leitor?
Essa festa da cristandade é vivenciada com sentimento de fé cristã?
E a Ceia do Natal? É apenas momento de festa entre familiares?
Já pensou, na noite colorida de Natal, nas famílias que nada têm para comer?
E nas crianças que, com os olhos perdidos no vazio, sonham com Papai Noel?
Deixem que o amor ao próximo invada seu coração
E que as estrelinhas desse amor salpiquem o chão
De todos os nossos irmãos!
Noite de Natal! Noite de Paz! Noite de Amor!
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
देसेजो primeiro
Desejo primeiro
Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga `Isso é meu`,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.
Vítor Hugo
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Na janela
Na janela – Um Conto de Natal
Isabela dormiu... Dormiu serena e feliz, não antes de verificar se a pequena janela do seu quarto que dava para o quintal, estava aberta. Sim, deixou-a aberta e colocou ali seu sapatinho, conforme as histórias que lhe contavam os pais. Papai Noel viria naquela noite fria e deixaria sua tão sonhada boneca que cantava e dormia...
Mas a ansiedade que lhe tomava o pequeno coração, não a deixou dormir até o amanhecer... Despertou muito cedo ainda! Levantou-se pé ante pé e dirigiu-se à janela para ver se Papai Noel havia deixado lá seu presente de Natal, o objeto da sua alegria. Olhou com os olhos bem abertos e viu que nada havia ali... Uma lágrima rolou pelas faces alvas e macias como flocos de algodão. Não, o bom velhinho que visita todas as crianças não a visitara. Ele viria depois? Quem sabe deixara para passar pela sua casa mais tarde?
Tudo estava calmo e silencioso. Todos dormiam... Isabela chegou mais perto da janelinha do seu quarto e passou a olhar o céu. No alto, bem no alto do céu infinito, Isabela via as estrelas piscarem para ela. A lua redonda, redonda, ia alta naquela noite, passeando entre as nuvens... E a criança deixou-se envolver pelo belo espetáculo daquela criação divina! Debruçou-se na janela e o sono veio pesado, carregando-a para um mundo de beleza e magia! Visitou A Casa dos Brinquedos e ficou embevecida com todos aqueles brinquedos maravilhosos!... Adiante, viu a boneca dos seus sonhos. Correu até lá. Abraçou-a, beijou-a e cantou com ela uma doce e suave melodia... Tudo era tão lindo! As luzes que não se apagavam nunca, os anjinhos que tocavam flautas e traziam-lhe ternos sorrisos...
Era madrugada. As últimas estrelas já se apagavam e a lua já se escondera quase desmaiada, para dar lugar ao sol que despontava no horizonte, esbraseando montes e campinas. Isabela ainda dormia... Dormia e não mais sonhava... Não mais sonhava porque vivia... Vivia num mundo onde não existem pobres e ricos; as crianças são todas iguais e todas amadas pelo mesmo Pai. Isabela dormia... Dormia e cantava... Cantava e sorria...
Sua mãe, em pleno silêncio da manhã, estranhou o silêncio de Isabela! Adentrou seu quarto às sete horas e encontrara a filha, dormindo, debruçada na janela. A temperatura durante a noite e a madrugada caíra muito... Isabela estava gelada... Sem vida! O frio que vinha de fora enregelou seu débil corpinho, mas aqueceu seu coração que sorria. Lá, muito além da lua e das estrelas, Isabela cantava com os anjinhos uma doce se suave canção de Natal:
“Bate o sino pequenino
Sino de Belém
Já nasceu o Deus Menino
Para o nosso bem!”
sábado, 6 de dezembro de 2008
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
DUETO
CARNAVAL
Além do céu
Além da vida
Além da morte
Além da tristeza estou eu...
É Carnaval
Uns choram
Outros riem e me vejo a perguntar
O que será da humanidade se tudo isso acabar...
O dia passa...
O sol se esconde
O véu da morte já vai chegar
Assim...
Minha alma neste recanto de amor e luz
Aconchegada neste sofá
Fica distante a meditar
Se os passarinhos nesta alegria faz a orquestra se ouvir cantar
Porque minha alma em solidão
Não faz a luz na escuridão?
O Sol se esconde
Trazendo a chuva
Que alegria na natureza que está em festa...
É Carnaval.
Noêmia Nessin Brito
Publicado no Recanto das Letras em 06/07/2008
Código do texto: T1068111
NOUTRO OLHAR...
De olhos fechados
Vemos com a alma
Ver com a alma
É o “ver” mais ver-da-deiro que se pode ter
É um ver vivo
Um ver-de-vida que a vida tem em seu ser
De olhos fechados
Vemos sem trauma
E é com esse “ver”
Que você via uma alma que gemia
Sem agonia...
Mas que faz renascer
A minha alma gêmea
Numa outra folia
Júlio Nessin
Publicado no Recanto das Letras em 10/07/2008
Código do texto: T1074478
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Olhe para mim...
Olhe para mim...
Mas não me deixe assim meio sem jeito
Me dê o seu “sim”
Encoste minha cabeça no seu peito
Me queira e venha para mim
Mesmo sabendo que eu tenho defeito
O defeito de buscar um amor perfeito
O defeito de me apaixonar pelo mar
O defeito de me sentir o seu eleito
O defeito de te chamar pra me amar!
Mas olhe para mim
Só não me deixe só aqui
Nem me deixe lá ou aí
Não me deixe nunca
Só me beije a nuca...
Mordendo com este seu sorriso em mim
Deitada em cima de mim
Plantada como flores em meu jardim...
Te vejo na cama e me deito
E se você não está aqui
Eu invento um jeito...
De você me ver
Mesmo de longe
Quando isso acontece
Sei que você me olha
Me vê...
Corre e se esconde
Suavemente...
Me sinta, mesmo eu não estando aí...
Se molhe por mim
E olhe para mim
Ainda antes do fim...
Me olhe só pra me ver mais um pouquinho assim.
Júlio Nessin
Publicado no Recanto das Letras em 15/09/2008
Código do texto: T1179693
Você gosta de poesia?... Então visite a minha página no "Recanto das Letras" e deixe lá a sua crítica, obrigado:http://recantodasletras.uol.com.br/autor_textos.php?id=31253
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
NATAL FELIZ
Para você ter um Natal Feliz
Não precisa ser feliz num dia exclusivo
Porque todos os dias de sua vida
Devem receber aquele toque especial
O toque espontâneo de Natal.
Viver o espírito de Natal
Não basta a você vivê-lo num só dia...
Tudo é transitório, tudo se esvai...
As marcas da sua trajetória ficam.
O espírito de Natal deve ser natural
Deve romper de você num processo voluntário
Vivo e duradouro... tocar o outro.
Não é apenas em um dia que se come, se bebe
Tampouco se ama, se apieda dos mais carentes
E, sobretudo, se agradece pela vida...
Natal é doação sempre, é fé firme, é fraternidade...
Natal é vida contínua...
O Natal nasce todos os dias no meu e
No seu coração sofrido, corroído, magoado, dilacerado
Mas sempre renovado na esperança.
Você precisa fazer do Natal
Um exercício consciente de amor o ano todo
E para você viver o Natal
Que mereça ser vivido na sua plenitude
Não o deixe morrer...
Sufocado pela desilusão e descrença
Reanime-o, dê-lhe um sopro de vida!
E veja que a vida não se encontra no ódio
Mas no perdão, no amor e na humildade.
Faça de cada dia seu
Um dia de Natal!
E para você ganhar um dia de Natal...
Tente descobri-lo dentro de você.
Feliz Natal!
terça-feira, 25 de novembro de 2008
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Renascer
Já não tenho pranto
Para chorar a tristeza
Que mora em meu ser
Se as lágrimas secaram...
Dentro e fora de mim
Há um solo ressequido
Onde nada brota e viceja...
Plantei o amor e a alegria
E a decepção os matou...
Nesse terreno, antes fértil
Não germina sentimento
Não se enraíza nada...
É uma extrema secura!
Das veias do meu coração
Já se foram as últimas
Gotas da minha canção
A canção do amor...
Esvaziou-se corpo e espírito
Apagou-se a luz derradeira...
É preciso partir desgarrada
Para voltar inteira...
domingo, 16 de novembro de 2008
A lua que amo
Sentar à janela
Perto da varanda
Centrada na lua
Para absorver sua luz...
E, na sua face nua
Sentir os raios que refletem
A saudade que mora aqui
Bem dentro de mim...
Tragar a beleza desse céu
Pontilhado de estrelas
Que brilham incessantemente
E ficar tonta de emoção
É permitir ir mais além...
É cavalgar à procura da paz
Montada nos raios prateados
Desse cavalo branco que me satisfaz...
Ouvir uma canção distante
E, nessa melodia que inebria meu ser
Poder retocar meu coração
Iluminado nesse instante...
É chegar ao gozo pleno do amor
Que passeia pelo meu corpo
Aplainando deslizes
Curando cicatrizes...
sábado, 15 de novembro de 2008
Meu vício de amar...
Foste embora tão cedo naquela noite
E me deixaste só a remoer desejos
Numa solitude que fez aqui pernoite
E alojou-se em mim nesse ensejo.
Em pleno abandono de vida e solidão
Verifiquei meus tristes sentimentos
Revolvi-os e aprisionei-os com prontidão
Num lugar em mim que hoje é só lamento.
Pra que alimentar a chama desse amor
Se há entre nós um grande precipício
Será melhor matar agora essa grande dor
Que é mais forte e maior que o meu vício.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
A Declaração dos Direitos Humanos e a Mulher
A Declaração dos Direitos Humanos e a Mulher
A luta das mulheres contra a discriminação, a violência e o preconceito ganha, cada vez mais, visibilidade e seguidores em cada canto do mundo. Entretanto, isso chegou ao ponto em que está, graças às mobilizações, aos estudos, às participações em assembléias e movimentos realizados nas escolas, nas universidades e nos sindicatos. Parece até que a mulher ouviu, dentro de suas angústias, o desejo expresso nos textos de grandes poetas e escritores, a exemplo de Clarice Lispector, neste pensamento:
“Pegue para você o que lhe pertence,
e o que lhe pertence é tudo aquilo
que sua vida exige”.
E a vida exige, sim, para a mulher, trabalho e participação; dignidade e respeito...
As diferenças jamais poderão funcionar como desigualdades, numa discriminação de gênero que coloca a mulher numa situação de subalternidade, oriunda de relações sociais que a subjugam a uma condição de elemento inferior ao homem. A mulher deve, por ser de direito, assumir seu espaço na sociedade, ao lado do homem. Não se está fazendo aqui uma apologia do “feminismo” que se contrapõe ao “machismo” de forma, muitas vezes, apaixonada. O que se pretende é que a mulher ocupe o espaço a que tem direito, assim como o homem tem o seu. O que não deve acontecer é que a mulher, no afã de crescer, tenha pretensões de subestimar o valor do homem e sua capacidade à frente de suas tarefas. Que suas diferenças biológicas não sejam empecilho para que ingressem em qualquer trabalho com dignidade e recebam salários justos na mesma proporção aos salários dos homens.
Os direitos das mulheres devem ser assegurados e isso tem sido a bandeira de luta de todas as mulheres trabalhadoras do mundo. A formação de novas consciências, novos valores devem estar presentes nas palestras em associações, sindicatos e universidades, fazendo pulsar em cada instituição o sentimento de solidariedade, respeito, justiça e dignidade na relação entre homens e mulheres.
Consagra-se o dia 10 de dezembro como o “Dia Internacional dos Direitos Humanos”. Foi nessa data, em 1948, que a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, fazendo história no processo de reconstrução dos direitos humanos, claramente desrespeitados. Esse novo tempo foi pautado por um novo paradigma de justiça e dignidade humana. Esse é seu mais valoroso princípio.
Se formos buscar na história da humanidade, não é nova a idéia de os seres humanos buscarem suas liberdades individuais. Mas foi nos meados do século XX que houve uma regulação internacional, em resposta às atrocidades cometidas especialmente na 2ª Guerra Mundial, período negro da nossa história, onde imperou a lógica da destruição e o conceito de pessoas descartáveis, segundo historiadores. Os Direitos Humanos, então, passam a ser protegidos por um efetivo sistema internacional. Há 60 anos da ratificação, em 1948, do texto da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Anistia Internacional (AI), denuncia que muitos artigos presentes nesse texto não são cumpridos. Aliás, isso não é novidade para todos os cidadãos que vêem seus direitos negados e que assistem estarrecidos, a cenas chocantes de violência, de morte nas filas dos hospitais, de despejos de casas, de mulheres serem violentadas pelos próprios cônjuges e tantas outras...
Nesse Ensaio, entretanto, quero dar enfoque à violência de gênero, uma questão secular que ainda não se resolveu, apesar da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A mulher sofre discriminação, toda vez que lhe restringe ou anula sua capacidade de sentir, pensar, opinar, decidir, com base na igualdade de direitos entre ela e o homem. Os direitos humanos e as liberdades inalienáveis também lhes são negados. Mas a mulher sofre mais a carga de discriminação, mormente no campo político, econômico e civil. Ainda se inclui nessa discriminação, a violência baseada no sexo. A mulher torna-se objeto de desejo e exploração do homem, banalizando sua aparência, seu corpo e machucando seus sentimentos e emoções. Tudo isso vem causar o que se pode chamar de mortificação da alma, pelos danos físico, sexual e psicológico à mulher.
A mulher tem o direito de ser livre, viver livre da violência, praticar sua religião e se manifestar politicamente, como prevê o artigo II da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
“Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nessa Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou qualquer outra condição”.
“Não te deixas destruir...
Ajuntando novas pedras e
Construindo novos poemas.
Recria tua vida,
Sempre,
Sempre... (Cora Coralina)
Nas palavras da saudosa poetisa Cora Coralina, encontra-se o sentimento de não se deixar entregar, mas se reerguer depois de cada insucesso. Com as pedras do caminho, aprender a viver a vida e encontrar em cada dificuldade a doce esperança de sempre se levantar... Isso faz da vida um recomeço...
O mundo do trabalho foi marcado por grandes mudanças, essencialmente nesse início do século XXI. As novas tecnologias e a globalização revolucionaram as indústrias, as organizações, provocando impactos na economia e na vida do trabalhador e, de modo gritante, na vida das mulheres que se vêem às voltas com jornada dupla de trabalho e, cada vez mais com salários menores.
Sente-se que a inserção feminina no mercado de trabalho foi significativa, ao se constatar que a mulher tem rompido barreiras e, extrapolando os muros das suas casas, chegam às fábricas, ao comércio, aos bancos, aos hospitais, às escolas, às empresas... O trabalho fora do lar está transformando as mulheres em parceiras do homem no orçamento doméstico. E o trabalho que elas assumem tem características variadas pela diversidade de funções que ocupam.
Em nível mundial, as mulheres correspondem à metade da população economicamente ativa. Todavia, há uma triste realidade por trás dessa participação feminina no mercado de trabalho. Nota-se que há uma subordinação ao poder masculino, ocupando-se as mulheres de tarefas menos qualificadas e remuneradas com salários inferiores. É no setor de serviços onde se encontra maior número de mulheres trabalhando. A ascensão a postos mais elevados demanda muito tempo e acontece muito pouco. Essa discriminação de gênero, de acordo com a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio), 1999, os homens receberam 68,7% dos rendimentos em salário no ano de 1998, enquanto as mulheres receberam 31,3%. E as mulheres negras recebem em média a metade do que as brancas recebem, comprovando que a desigualdade tem profundo recorte de gênero e de raça. Esses são dados mais antigos, mas que não mudaram muito a partir daí.
Pelo que foi exposto, vê-se que não se cumpre o que dispõe o artigo XXIII da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
Artigo XXIII:
1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Todo ser humano, sem nenhuma distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como a sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a eles ingressar para proteção de seus interesses.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos tem como seu fundamento maior a dignidade da pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus, com prioridade sobre todas as demais criaturas desse mundo. Mena Azevedo
sábado, 8 de novembro de 2008
A poesia
Todo dia é dia de poesia
Da poesia que nasce tímida
E cresce, se avoluma e explode
Dentro do peito e da mente.
Para festejar a poesia
Não é preciso festa
Com música a espalhar
As idéias do poeta.
O poeta já vive embriagado
Dos versos que escreve
Já se veste de emoção
Porque sua vida é a poesia.
Para viver a poesia
Não é preciso alarde
Nem dizer que o poeta
É orgulhoso ou covarde.
O poeta é aquele
Que nasce com a poesia
Se teve ou não um amor
Se sofreu ou não uma dor.
Para escrever poesia
Não é preciso escrever
Grandes poemas líricos
Épicos ou grandes epopéias.
É preciso ao poeta amar
A Deus, a vida e o irmão
Amar alguém de verdade
E trazer no coração esse amor.
A poesia abre-se ao mundo
E mostra a cara do poeta
Que sonha, que ama, que se entrega
Que chora, que ri e que se inquieta.
A poesia também é um estado d’alma
Que vem à tona inesperadamente
Quando a felicidade explode no peito
Ou quando o amor morre de repente.
O Grito
É noite. Preciso sair...
Sair de mim para me encontrar
Sair em pensamento, levitar
Para retornar a sorrir, me encantar
Da própria vida que hoje é lamento...
Por que não dar vazão
Aos sentimentos sufocados
Que aprisionam a razão
No calabouço das máscaras
Que anestesiam sonhos encantados?
Um pedaço do meu ser reage
Nessa noite fria que me atiça ao vento
Que enrijece meu corpo em desalento
E os sentimentos que são energia pura
Soltam o grito de ânsia na noite escura...
E o grito de dor e liberdade
Parece romper das minhas entranhas
Resguardadas de todo mal e pecado...
E, na ânsia louca de realizar tal façanha
Solto o grito ao qual me via atado...
É noite. Preciso sair...
Sair de mim para me encontrar
Sair em pensamento, levitar
Para retornar a sorrir, me encantar
Da própria vida que hoje é lamento...
Por que não dar vazão
Aos sentimentos sufocados
Que aprisionam a razão
No calabouço das máscaras
Que anestesiam sonhos encantados?
Um pedaço do meu ser reage
Nessa noite fria que me atiça ao vento
Que enrijece meu corpo em desalento
E os sentimentos que são energia pura
Soltam o grito de ânsia na noite escura...
E o grito de dor e liberdade
Parece romper das minhas entranhas
Resguardadas de todo mal e pecado...
E, na ânsia louca de realizar tal façanha
Solto o grito ao qual me via atado...
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
A espera
Esperar... Lamentar... Esperar...
Na espera há uma desvelada vontade
Visível no triste olhar e no lamento
Cujas palavras furam o pensamento
E se perdem ao som da saudade.
Na voz que chega há um clamor
Há esperança de um grande amor
Esquecido, perdido nas voltas
Que o tempo vai dando pela vida
Para deixá-la de alegria envolta
E enterrar uma existência sofrida.
Um grande amor que supere
As asperezas de um amor qualquer
Um puro e verdadeiro amor
Que seja o meu bem-me-quer
Que dê a minha vida sentido e cor
E seja anunciador da paz e da ternura
Será, então, minha tão sonhada ventura.
Que esse amor seja único
Fomentando afetos e carícias
Para fermentar uma união
De corpos e de alma
Capaz de apagar com o seu calor
As feridas invisíveis e secretas
Cobertas com faixas de dor
E cobri-las com as essências mais discretas.
Um amor que possa afagar
Com os sentimentos mais sublimes
O corpo alquebrado pelas palavras
Ditas sem calor e emoção...
Um amor que traga muita alegria
Para aquecer e deixar acesa no coração
A chama que sufocará a nostalgia
E fará renascer o afeto e a ternura
Numa relação mais doce e pura!
Que esse amor ideal
Suscite em cada amante
Contatos mais aconchegantes
Que o prazer seja, de fato, real
E permaneça infinitamente...
Mesmo nos dias menos encantados
Possa a alegria dos corpos abraçados
Espargir no ar sua magia docemente!
Para cantar com a lua e as estrelas
Um novo canto de amor e alegria!
Esperar... Lamentar... Esperar...
Na espera há uma desvelada vontade
Visível no triste olhar e no lamento
Cujas palavras furam o pensamento
E se perdem ao som da saudade.
Na voz que chega há um clamor
Há esperança de um grande amor
Esquecido, perdido nas voltas
Que o tempo vai dando pela vida
Para deixá-la de alegria envolta
E enterrar uma existência sofrida.
Um grande amor que supere
As asperezas de um amor qualquer
Um puro e verdadeiro amor
Que seja o meu bem-me-quer
Que dê a minha vida sentido e cor
E seja anunciador da paz e da ternura
Será, então, minha tão sonhada ventura.
Que esse amor seja único
Fomentando afetos e carícias
Para fermentar uma união
De corpos e de alma
Capaz de apagar com o seu calor
As feridas invisíveis e secretas
Cobertas com faixas de dor
E cobri-las com as essências mais discretas.
Um amor que possa afagar
Com os sentimentos mais sublimes
O corpo alquebrado pelas palavras
Ditas sem calor e emoção...
Um amor que traga muita alegria
Para aquecer e deixar acesa no coração
A chama que sufocará a nostalgia
E fará renascer o afeto e a ternura
Numa relação mais doce e pura!
Que esse amor ideal
Suscite em cada amante
Contatos mais aconchegantes
Que o prazer seja, de fato, real
E permaneça infinitamente...
Mesmo nos dias menos encantados
Possa a alegria dos corpos abraçados
Espargir no ar sua magia docemente!
Para cantar com a lua e as estrelas
Um novo canto de amor e alegria!
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Pé de romã - Prosperidade
A VIDA OCULTA NA MAÇONARIA
A Maçonaria é universal e, portanto, adogmática. Daí a razão principal da diversidade de seus ritos e tradições. Seu escopo principal é o aperfeiçoamento do homem, porém a este cabe, exclusivamente, a escolha dos métodos compatíveis com a sua natureza, para buscar a sua perfeição. Esses métodos podem ter cunho religioso, filosófico, artístico, científico ou outro qualquer. São todos os caminhos diferentes, porém iluminados por um único sol que é o do Bem, do Belo e do Verdadeiro ou na expressão de Cristo do Caminho, da Verdade e da Vida. O que poderia ser injustificável ou incompreensível é o ser humano fora de um desses caminhos, o que equivaleria dizer sem nenhum ideal a iluminar-lhe os passos ao longo de sua acidentada existência terrena.
A Instituição Maçônica tem sido tão mal interpretada e tão deslealmente atacada e perseguida ao longo de sua história! Cabe aos obreiros informar a todos que se trata de uma Ordem Multi-Secular que trabalha na formação, velada em alegorias e ilustrada por símbolos; é, antes de tudo, um vasto e milenar sistema filosófico que inclui a moral e o conhecimento mais profundo da vida individual e universal.
“O segredo da Maçonaria é inviolável por sua própria natureza, pois o maçon que o sabe, não o sabe por tê-lo adivinhado”. Ele não aprendeu de ninguém, ele o descobriu, à força de ir à Loja, de observar, de raciocinar, de deduzir. Uma vez chegando lá ele se abstém de revelar sua descoberta a quem quer que seja, ainda que a seu melhor amigo maçon, pois se ele não teve o talento de penetrar nesse segredo, ele não terá tampouco o talento de tirar partido do aprendizado oral do mesmo. Esse “segredo” será, pois, sempre um segredo.
Em sua consciência, cada maçon vive o segredo maçônico. Mesmo que o quisesse, ele não poderia revelá-lo, assim como não seria capaz de revelar seu ser profundo, o mistério de sua pessoa, pois as palavras para isso lhe fariam falta. Enfim, a vida maçônica é também um clima: a fraternidade maçônica está inserida num mundo moral e afetivo.
Como sabemos, as obediências maçônicas regulares proíbem toda ação e toda tomada de posição nos conflitos, nas controvérsias e nas lutas políticas ou outras no mundo. Marcando sua vontade de se consagrar intelectualmente a sua tarefa iniciática, elas recusam se pronunciar sobre causas, reivindicações, protestos por mais respeitáveis que sejam.
Abstendo-se de intervir onde não tem o que fazer, a Maçonaria Tradicional se recusa a se reunir a grupos de ação, de pressão, de informação de qualquer natureza aos partidos políticos ou às associações profissionais em suas intervenções na vida em sociedade.
A Maçonaria não espera nada do poder, a não ser a proteção dispensada a todos os cidadãos, em um regime de liberdade: direito de reunião e liberdade de consciência que são condições de base da existência de toda a organização maçônica. A Maçonaria é essencialmente uma sociedade educacional, que luta para ensinar a seus membros uma filosofia moral de vida.
A Maçonaria não deve ser utilizada por alguns como pretensa vantagem de posição social, ascendendo seus prestígios pessoais na comunidade ou ainda para atrair aqueles que já possuem prestígio social ou predominantemente político. Caráter, integridade pessoal, honestidade são essenciais para se progredir na Maçonaria.
A Maçonaria não deverá existir somente para proveito dos maçons. Ela deverá demonstrar que existe para proveito de todos, senão ela se encontrará ultrapassada pela marcha do tempo.
Se nós somos maçons capazes de transformar homens bons em melhores, teremos alcançado o nosso objetivo e esses homens melhores continuarão a liderar o mundo em busca de liberdade, autodeterminação e igualdade; se falharmos, toda a nossa caminhada como maçons terá sido em vão.
Que cada Loja se torne totalmente eficiente em seus trabalhos e que, caso alguém a visite, possa impressionar-se pelo labor e pela força de sua atmosfera magnética. Igualmente nossos membros devem tornar-se capazes de, quando visitarem outras Lojas do ponto de vista oculto, devem-se executar as cerimônias. Acima de tudo, devem levar consigo, por todas as partes, o forte magnetismo de um centro completamente harmonioso e a patente irradiação do amor fraternal.
Palestra proferida pelo Maçon, hoje já Mestre, Raimundo Bonfim Carvalho Leite, aos novos maçons, em reunião na Loja Maçônica Manoel Joaquim dos Santos Carvalho.
A Maçonaria é universal e, portanto, adogmática. Daí a razão principal da diversidade de seus ritos e tradições. Seu escopo principal é o aperfeiçoamento do homem, porém a este cabe, exclusivamente, a escolha dos métodos compatíveis com a sua natureza, para buscar a sua perfeição. Esses métodos podem ter cunho religioso, filosófico, artístico, científico ou outro qualquer. São todos os caminhos diferentes, porém iluminados por um único sol que é o do Bem, do Belo e do Verdadeiro ou na expressão de Cristo do Caminho, da Verdade e da Vida. O que poderia ser injustificável ou incompreensível é o ser humano fora de um desses caminhos, o que equivaleria dizer sem nenhum ideal a iluminar-lhe os passos ao longo de sua acidentada existência terrena.
A Instituição Maçônica tem sido tão mal interpretada e tão deslealmente atacada e perseguida ao longo de sua história! Cabe aos obreiros informar a todos que se trata de uma Ordem Multi-Secular que trabalha na formação, velada em alegorias e ilustrada por símbolos; é, antes de tudo, um vasto e milenar sistema filosófico que inclui a moral e o conhecimento mais profundo da vida individual e universal.
“O segredo da Maçonaria é inviolável por sua própria natureza, pois o maçon que o sabe, não o sabe por tê-lo adivinhado”. Ele não aprendeu de ninguém, ele o descobriu, à força de ir à Loja, de observar, de raciocinar, de deduzir. Uma vez chegando lá ele se abstém de revelar sua descoberta a quem quer que seja, ainda que a seu melhor amigo maçon, pois se ele não teve o talento de penetrar nesse segredo, ele não terá tampouco o talento de tirar partido do aprendizado oral do mesmo. Esse “segredo” será, pois, sempre um segredo.
Em sua consciência, cada maçon vive o segredo maçônico. Mesmo que o quisesse, ele não poderia revelá-lo, assim como não seria capaz de revelar seu ser profundo, o mistério de sua pessoa, pois as palavras para isso lhe fariam falta. Enfim, a vida maçônica é também um clima: a fraternidade maçônica está inserida num mundo moral e afetivo.
Como sabemos, as obediências maçônicas regulares proíbem toda ação e toda tomada de posição nos conflitos, nas controvérsias e nas lutas políticas ou outras no mundo. Marcando sua vontade de se consagrar intelectualmente a sua tarefa iniciática, elas recusam se pronunciar sobre causas, reivindicações, protestos por mais respeitáveis que sejam.
Abstendo-se de intervir onde não tem o que fazer, a Maçonaria Tradicional se recusa a se reunir a grupos de ação, de pressão, de informação de qualquer natureza aos partidos políticos ou às associações profissionais em suas intervenções na vida em sociedade.
A Maçonaria não espera nada do poder, a não ser a proteção dispensada a todos os cidadãos, em um regime de liberdade: direito de reunião e liberdade de consciência que são condições de base da existência de toda a organização maçônica. A Maçonaria é essencialmente uma sociedade educacional, que luta para ensinar a seus membros uma filosofia moral de vida.
A Maçonaria não deve ser utilizada por alguns como pretensa vantagem de posição social, ascendendo seus prestígios pessoais na comunidade ou ainda para atrair aqueles que já possuem prestígio social ou predominantemente político. Caráter, integridade pessoal, honestidade são essenciais para se progredir na Maçonaria.
A Maçonaria não deverá existir somente para proveito dos maçons. Ela deverá demonstrar que existe para proveito de todos, senão ela se encontrará ultrapassada pela marcha do tempo.
Se nós somos maçons capazes de transformar homens bons em melhores, teremos alcançado o nosso objetivo e esses homens melhores continuarão a liderar o mundo em busca de liberdade, autodeterminação e igualdade; se falharmos, toda a nossa caminhada como maçons terá sido em vão.
Que cada Loja se torne totalmente eficiente em seus trabalhos e que, caso alguém a visite, possa impressionar-se pelo labor e pela força de sua atmosfera magnética. Igualmente nossos membros devem tornar-se capazes de, quando visitarem outras Lojas do ponto de vista oculto, devem-se executar as cerimônias. Acima de tudo, devem levar consigo, por todas as partes, o forte magnetismo de um centro completamente harmonioso e a patente irradiação do amor fraternal.
Palestra proferida pelo Maçon, hoje já Mestre, Raimundo Bonfim Carvalho Leite, aos novos maçons, em reunião na Loja Maçônica Manoel Joaquim dos Santos Carvalho.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha
vida é a maior empresa do mundo.E que posso evitar que ela vá a falência.Ser feliz é reconhecer que vale a pena viverapesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas ese tornar um autor da própria história.É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrarum oásis no recôndito da sua alma .É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.É saber falar de si mesmo.É ter coragem para ouvir um 'não'.É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...(Fernando Pessoa)
Pedro Vinícius
Manhã calma de sábado
Céu claro e transparente
Sol ameno e suave
Pedro sereno e doente
Dormia nos braços da mãe
Na sala de espera do consultório
A criança era um símbolo de oração
Seu corpo era apenas o envoltório
Do espírito corajoso e lutador
Na seara da regeneração
Pedro dormia e sonhava
Talvez, com tudo que a vida lhe negou
A palavra de amor que não disse
O abraço apertado que não deu
À mamãe que tanto lhe amou
Aguardava Pedro a sublime travessia
Desse mundo para a outra vida
E tudo o que ele esperava e queria
Era a minha presença amiga
Ao lado da sua mãe neste dia
E, de repente, Pedro parou.
Parou de pensar, parou de sorrir, parou de sonhar
Partiu em paz e com muito amor
Ao encontro de Deus-Pai-Criador
Para algum dia novamente voltar
Pedro, você hoje não morreu
Na verdade, você hoje nasceu
Após seis anos de expiação.
E quem passou seis anos no colo da mãe
Viverá a eternidade em seu coração.
Brumado, 31.05.2003
Geraldo Leite Azevedo.
Manhã calma de sábado
Céu claro e transparente
Sol ameno e suave
Pedro sereno e doente
Dormia nos braços da mãe
Na sala de espera do consultório
A criança era um símbolo de oração
Seu corpo era apenas o envoltório
Do espírito corajoso e lutador
Na seara da regeneração
Pedro dormia e sonhava
Talvez, com tudo que a vida lhe negou
A palavra de amor que não disse
O abraço apertado que não deu
À mamãe que tanto lhe amou
Aguardava Pedro a sublime travessia
Desse mundo para a outra vida
E tudo o que ele esperava e queria
Era a minha presença amiga
Ao lado da sua mãe neste dia
E, de repente, Pedro parou.
Parou de pensar, parou de sorrir, parou de sonhar
Partiu em paz e com muito amor
Ao encontro de Deus-Pai-Criador
Para algum dia novamente voltar
Pedro, você hoje não morreu
Na verdade, você hoje nasceu
Após seis anos de expiação.
E quem passou seis anos no colo da mãe
Viverá a eternidade em seu coração.
Brumado, 31.05.2003
Geraldo Leite Azevedo.
domingo, 2 de novembro de 2008
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FromSubject: Fw: Cansei ( (som)
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CANSEI
Roberto J. Fraga Moreira
Do barulho dos auto falantes dos carros de som que infernizam a vida da gente, de manhã à noite, vendendo toda sorte de mercadorias aos berros, num total desrespeito às leis e aos cidadãos ;
Dos milhares de camelôs que ocupam todos os espaços e impedem o livre trânsito das pessoas pelas calçadas da vida, dando as nossas ruas um aspecto imundo e cada vez mais decadente;
Dos inúmeros pedintes que perambulam pelas vias implorando por esmolas ou comida, sem que nenhum órgão governamental adote providências a respeito;
Da legião de crianças e adultos que infestam os sinais de trânsito fazendo acrobacias e outra palhaçadas em troca de algumas moedas, ou vendendo toda sorte de produtos, a maioria deles de procedência duvidosa:
Dos distribuidores de " santinhos" de propaganda, principalmente por parte das inúmeras instituições financeiras, emporcalhando nossas cidade, além de cobrarem juros abusivos, induzindo o povo a se endividar, tudo isso sob olhar omisso do governo;
Da máfia das vans que fazem o transporte clandestino de passageiros, trafegando em sua maioria em péssimas condições de conservação e dirigidas por pessoas geralmente não qualificadas ;
Dos assaltos, assassinatos e outros tipos de crimes diários, que nos deixam com os nervos a flor da pele sempre que precisamos sair de casa para trabalhar, ou mesmo para um inocente passeio;
De ver muros e fachadas das casas e dos prédios serem grafitados pelos pichadores, geralmente adolescentes, e que agem impunemente por toda cidade, sujando tudo;
Dos maus políticos que roubam o nosso dinheiro e continuam sendo reeleitos por um povo alienado que parece não ter mais memória ;
Dos buracos nas ruas que arrebentam os nossos carros, provocando acidentes e conferem aos logradouros um aspecto de total abandono;
Das leis que permitem que os criminosos sejam postos em liberdade após cumprirem apenas um sexto da pena, incentivando assim a prática do crime em todas as suas variações
Dos bancos que cobram juros estratosféricos, auferindo lucros de bilhões todos os anos, enquanto milhões de brasileiros carecem de empregos que atendam suas necessidades básicas de sobrevivencia.
Dos alunos despreparados que passam automaticamente de ano em razão de um decreto estapafúrdio de um político que, merecidamente, faz jus ao apelido de “O Prefeito Maluquinho”;
Da corrupção endêmica que tomou conta do país sem que ninguém seja efetivamente responsabilizado e adequadamente apenado;
Da proliferação das favelas nas encostas num sinal evidente do aumento da miséria no país, abrindo espaço para a criação de um poder paralelo ao legalmente constituído, na pessoa do traficante de droga que corrompe a nossa juventude;
Dos postos de combustível que adulteram seus produtos reiteradas vezes e, ainda assim, continuam funcionando normalmente como se nada houvesse acontecido;
Das madeireiras que devastam as nossas florestas sem que o governo adote medidas enérgicas e eficazes à preservação desse patrimônio indispensável a nossa própria sobrevivência;
Das penitenciárias que permitem que os presos façam uso de celulares para a prática de atos criminosos contra uma população que não sabe mais a quem recorrer;
Das balas perdidas que roubam a vida de pessoas inocentes ,a qualquer hora do dia ou da noite, como se vivêssemos em um país em permanente guerra;
Dos grupos radicais que invadem propriedades governamentais e particulares, às vezes fazendo até reféns, em nome de suas pretensas reivindicações, afrontando o governo e a sociedade sem sofrerem qualquer tipo de penalidade;
Dos maus motoristas que desrespeitam as leis de trânsito na maior cara de pau, estacionando nas calçadas, avançando sinais e jamais dando preferência ao pedestre.
E você ?**
Autoria: Roberto J. Fraga Moreira Imagens: Internet
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
*
Educação e Desenvolvimento Sustentável
“O homem é um animal irracional, exatamente como os outros. A única diferença é que os outros são animais irracionais simples, o homem é um animal irracional complexo”. Fernando Pessoa - Reflexões Sobre o Homem*.
Para entendermos a identidade destruidora do homem, ou aquilo que denominamos irracionalidade, será preciso reconceituarmos o termo “animal irracional”, considerando que se tal conceito aplica-se ao homem tem conotação distinta àquela que se concebe ao tratarmos dos outros animais.
Relativamente ao homem, o adjetivo é, sem dúvida, pejorativo, uma vez que remete à agressividade humana para com natureza, do homem para com o outro homem e do homem para consigo mesmo. É óbvio que tais ações são tipicamente humanas, justificando perfeitamente o conceito “animal irracional”, e que é totalmente diferente da ferocidade dum predador numa cadeia ecossistêmica, no fenômeno natural da sobrevivência das espécies, pois, a cena da batalha dum predador numa caça, para se alimentar, jamais poderá ser descrita como um assassinato, e sim, como ação e reação biofísica de forças que se aterem e se repelem no processo vital desse organismo que compõe a biosfera.
Por outro lado, a ação predadora da irracionalidade humana é cruel e assassina, pois é “racionalmente” concebida e, o pior de tudo, é que chega a ser imbecil, por ser auto-destruidora. Esse “homem-irracional” caça inescrupulosamente por ganância, orgulho e poder, de forma premeditada, portanto, nominalmente “racionalizada”, enquanto que o animal irracional propriamente dito luta pela sua sobrevivência, tendo como resultante a sobreexistência das espécies que povoam cada ecossistema, mantendo o equilíbrio e a sustentabilidade do sistema como um todo.
A sustentabilidade é tema prioritário neste século, pois a corrida pelo desenvolvimento está levando o homem a se tornar a espécie ameaçadora da existência de todas as outras, inclusive da sua própria.
A luta deve ser pela busca de tentar alinhar desenvolvimento com sustentabilidade, sendo necessária, para isto, a tomada de consciência da nossa real posição no processo desencadeado por nós mesmos, a caminho dessa autodestruição. A conscientização, por sua vez, tem que ser urgentemente instigada pelos pesquisadores das diversas áreas do conhecimento e difundida pelas instituições de ensino, do fundamental ao superior, utilizando-se de todos os meios de comunicação de massa e articulando-se com todas as organizações dos diversos segmentos da sociedade, ou seja: é preciso fazer um “levante” considerando uma nova ordem em beneficio da preservação da vida, pois a educação e desenvolvimento sustentável equivalem ao norteamento pragmático dessa “pseudo-ordem” política, econômica e social, que viaja aceleradamente a caminho do caos.
*Fernando Pessoa, in 'Reflexões Sobre o Homem - Textos de 1926-1928'
Educação e Desenvolvimento Sustentável
“O homem é um animal irracional, exatamente como os outros. A única diferença é que os outros são animais irracionais simples, o homem é um animal irracional complexo”. Fernando Pessoa - Reflexões Sobre o Homem*.
Para entendermos a identidade destruidora do homem, ou aquilo que denominamos irracionalidade, será preciso reconceituarmos o termo “animal irracional”, considerando que se tal conceito aplica-se ao homem tem conotação distinta àquela que se concebe ao tratarmos dos outros animais.
Relativamente ao homem, o adjetivo é, sem dúvida, pejorativo, uma vez que remete à agressividade humana para com natureza, do homem para com o outro homem e do homem para consigo mesmo. É óbvio que tais ações são tipicamente humanas, justificando perfeitamente o conceito “animal irracional”, e que é totalmente diferente da ferocidade dum predador numa cadeia ecossistêmica, no fenômeno natural da sobrevivência das espécies, pois, a cena da batalha dum predador numa caça, para se alimentar, jamais poderá ser descrita como um assassinato, e sim, como ação e reação biofísica de forças que se aterem e se repelem no processo vital desse organismo que compõe a biosfera.
Por outro lado, a ação predadora da irracionalidade humana é cruel e assassina, pois é “racionalmente” concebida e, o pior de tudo, é que chega a ser imbecil, por ser auto-destruidora. Esse “homem-irracional” caça inescrupulosamente por ganância, orgulho e poder, de forma premeditada, portanto, nominalmente “racionalizada”, enquanto que o animal irracional propriamente dito luta pela sua sobrevivência, tendo como resultante a sobreexistência das espécies que povoam cada ecossistema, mantendo o equilíbrio e a sustentabilidade do sistema como um todo.
A sustentabilidade é tema prioritário neste século, pois a corrida pelo desenvolvimento está levando o homem a se tornar a espécie ameaçadora da existência de todas as outras, inclusive da sua própria.
A luta deve ser pela busca de tentar alinhar desenvolvimento com sustentabilidade, sendo necessária, para isto, a tomada de consciência da nossa real posição no processo desencadeado por nós mesmos, a caminho dessa autodestruição. A conscientização, por sua vez, tem que ser urgentemente instigada pelos pesquisadores das diversas áreas do conhecimento e difundida pelas instituições de ensino, do fundamental ao superior, utilizando-se de todos os meios de comunicação de massa e articulando-se com todas as organizações dos diversos segmentos da sociedade, ou seja: é preciso fazer um “levante” considerando uma nova ordem em beneficio da preservação da vida, pois a educação e desenvolvimento sustentável equivalem ao norteamento pragmático dessa “pseudo-ordem” política, econômica e social, que viaja aceleradamente a caminho do caos.
*Fernando Pessoa, in 'Reflexões Sobre o Homem - Textos de 1926-1928'
*Júlio Nessin é licenciado em Educação Artística com Habilitação em Desenho; Especialista em Gestão Ambiental e Poeta.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Agora é o amor!
Agora é tempo de amar...
Libertar-se do medo
Desprender-se do passado
Que energiza os pontos negativos
Tornando-os presentes em você.
Agora urge que não confunda os sentimentos
Entrelaçados entre o poder e o querer
Misturados entre passado e presente
Não cabe dentro de si a dúvida e o desalento
Porque agora é outro dia, dentro de outro momento.
Agora é tempo de construir e desconstruir no silêncio
Um novo amor que se misture com o prazer de se dar
Em um misto de doar-se por inteiro, incondicionalmente
Sem confundir posse com entrega
E amor simplesmente como prazer.
Agora é o amor mais sublime que o acolherá
E o fará beber no seu aspecto sagrado
A infinitude e a vastidão do seu significado
E se embriagar com o perfume mais doce
Da sua terna melodia.
Agora é tempo de guardar-se, resguardar-se
Do simplesmente carnal
E pensar em algo que lhe aponte
Para a beleza indescritível do amor
Que ultrapasse as barreiras do corpo.
Agora é tempo de amar...
Agora é tempo de amar...
Libertar-se do medo
Desprender-se do passado
Que energiza os pontos negativos
Tornando-os presentes em você.
Agora urge que não confunda os sentimentos
Entrelaçados entre o poder e o querer
Misturados entre passado e presente
Não cabe dentro de si a dúvida e o desalento
Porque agora é outro dia, dentro de outro momento.
Agora é tempo de construir e desconstruir no silêncio
Um novo amor que se misture com o prazer de se dar
Em um misto de doar-se por inteiro, incondicionalmente
Sem confundir posse com entrega
E amor simplesmente como prazer.
Agora é o amor mais sublime que o acolherá
E o fará beber no seu aspecto sagrado
A infinitude e a vastidão do seu significado
E se embriagar com o perfume mais doce
Da sua terna melodia.
Agora é tempo de guardar-se, resguardar-se
Do simplesmente carnal
E pensar em algo que lhe aponte
Para a beleza indescritível do amor
Que ultrapasse as barreiras do corpo.
Agora é tempo de amar...
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Educação e Cidadania
Artigo
EDUCAÇÃO E CIDADANIA
Vivemos hoje num cenário de mudanças velozes. A globalização nos coloca num mundo sem fronteiras e, como tal, não podemos estar desconectados de tudo o que acontece ao nosso redor. Isso não foge aos problemas vividos a cada dia na escola. Mais do que nunca, há uma preocupação na relação entre a escola e a realidade sociocultural dos nossos alunos, até para poder entendê-los, entender toda essa problemática chamada indisciplina. Esse é um fenômeno com o qual um grande número de professores tem dificuldade em lidar.
A Educação para o século XXI, segundo perspectivas da UNESCO traz a paz como fio condutor do mundo para a educação do futuro. Nessas perspectivas aparecem claras as novas posturas que educadores e educadoras devem adotar, como sejam: “cultivar a tolerância, o convívio com a diferença, a transigência como pressuposto e a negociação como instrumento do trabalho” em sala de aula para se chegar a um entendimento sobre os aspectos educacionais a serem observados, dentre eles educação e cidadania.
Mas o que é cidadania? De modo geral, a idéia de cidadania, hoje muito desgastada, é apresentada apenas como a de ter direitos, uma característica que não parece suficiente.
A Declaração Universal dos Direitos do Homem promulgada em 1948 já previa a violação dos direitos humanos, quando se constatava que muitas famílias não tinham direito à moradia, à saúde e à educação, dentre outros direitos negados, como o de reivindicar, de denunciar injustiças.
Não se deve limitar a idéia de cidadania a ter direitos. Vai mais além. A cidadania não deve ser entendida como uma simples inserção social, no atendimento aos direitos, mas deve-se incorporar à idéia de se cumprir deveres. Nenhum cidadão é apenas cidadão de direitos, mas cidadãos de direitos e deveres.
Como falar em cidadania para crianças de escolas de periferia, em que a maioria delas é oriunda de lares despedaçados? Como falar em cidadania quando se vêem alunos mal alimentados, cuja única refeição que recebem por dia é a merenda escolar? Como falar em cidadania para esses alunos que já se acostumaram a presenciar a cena do despejo, porque seus pais não pagaram o aluguel das casas onde moram? Como falar em cidadania para filhos de pais que viram algum membro da família morrer nos corredores de hospitais públicos? Como falar em cidadania nas instituições escolares para alunos que estudam em escolas deterioradas pelo tempo, sem mobiliário adequado e outras condições pedagógicas? Como falar em cidadania na escola, se até os professores não são respeitados como profissionais, porque lhes negam um salário digno e condições de trabalho favoráveis ao desenvolvimento das atividades pedagógicas?
Poder-se-ia falar aqui de um grande número de situações que envolvem o desrespeito à vida, quando se desrespeita os direitos fundamentais do homem.
E foi refletindo sobre essa problemática, que chegamos a uma escola para fazer uma visita aos alunos e professores. Estavam desenvolvendo o Projeto “Resgate da Cidadania”. No momento em que os parabenizamos pelo trabalho, um aluno levantou-se com a seguinte pergunta:
- Professora, estamos desenvolvendo nesta semana o projeto “Resgate da Cidadania”.
Fizemos uma pesquisa de campo e pudemos fazer nossa leitura sobre a
realidade social desses lugares e encontramos os excluídos, os oprimidos, os sem-nada, os indefesos e injustiçados pelos governos. Essas pessoas estão exercendo a sua cidadania?
- Não. Respondemos de uma forma bem segura. Estar em gozo da cidadania é ter vida digna, vida de gente. É poder gozar de todos os direitos humanos que são direitos de todos. É ter moradia, ter educação e saúde de qualidade, ter lazer, ter liberdade para decidir o que é melhor para sua vida, além de outros elementos que definem o ser e o estar no mundo.
Meu caro leitor, os alunos dessa escola continuaram com outras perguntas que surpreenderam a todos nós, por envolver aspectos relevantes da condição humana. Falaram em solidariedade, em direitos civis, sociais e políticos. Abordaram os problemas que eles vivenciam na própria escola onde estudam, nas famílias onde nasceram, no bairro onde vivem, na cidade onde moram.
Com essas colocações, percebi que estava ali um terreno propício para ajudá-los a levar avante seu Projeto “Resgate da Cidadania”, já que entendemos que a cidadania passa pelo cuidado com as pessoas e com a educação como prioridade maior. E, refletindo melhor essa problemática, em tudo isso não basta elaborar leis, nem fornecer os meios materiais... Há necessidade de introduzir em cada ação, uma dose bem grande de amor, condição “sine qua non” para alcançarmos nossos objetivos.
E foi assim, com olhos bem vivos, ouvidos atentos e mente aberta que nos despedimos dos alunos e professores dessa escola.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Um susto que quase seria uma tragédia...
Não sei se você já percebeu, caro leitor, que gosto de contar as peripécias das minhas crianças. A de hoje é do meu filho mais velho. É a primeira que escrevo sobre ele. Não que não tenha aprontado muitas e boas, mas porque foi passando simplesmente... E, talvez porque ele tenha se tornado um moço responsável, sério, introspectivo, dedicado e muito atencioso. Mas vamos ao fato quando Lívio tinha apenas quatro anos. Havíamos mudado para uma cidade próxima à nossa. Com as mesmas peculiaridades de uma cidade pequena do interior. Seu povo muito bom, hospitaleiro, educado, traz consigo um orgulho bonito: de ser lá a terra do ilustre educador Anísio Teixeira e de tantas outras personagens famosas que fizeram história na música, nas letras, nas artes e na política. Estou falando de Caetité, “a pequenina ilustre”, título de um livro da Professora Helena Lima, uma das mestras mais cultas da antiga Escola Normal de Caetité.
Por ossos do ofício, meu marido fora transferido para essa cidade. Todos vivíamos muito bem lá, apesar da saudade que sentíamos dos nossos pais, parentes e amigos. E Lívio sentia essa saudade maior por ter deixado a Escola Cirandinha, sua vovó Rosa a quem tinha uma afeição e apego muito grandes. Sem falar na sua eficiente babá, a madrinha Dita, que amava muito e a achava linda!
Com outra babá em Caetité, ele ficou meio agitado, muito traquinas mesmo! Saía todos os dias para passear com ela na Praça da Catedral, onde funcionava o Banco em que seu pai trabalhava. Nesses passeios, sempre entrava na agência, inesperadamente, para dar o beijo e o abraço no pai, que saía cedo e o deixava dormindo.
Caetité é uma cidade de clima frio, um dos orgulhos também dos seus filhos. O frio imprime às pessoas uma postura mais centrada, exige vestuários elegantes e eu tinha a impressão, logo que ali cheguei, de que o povo era sisudo, “orgulhoso”, sabe aquele orgulho que despreza, que olha a pessoa de cima a baixo?... Mas era só impressão! A convivência diária com colegas no Instituto de Educação Anísio Teixeira, o IEAT, com os amigos, percebi o quanto estava equivocada! Caetité era a cidade que moraria, depois de Brumado, pela educação do seu povo, pelo seu clima, pela sua tradição.
Mas vamos ao nosso caso. Era mês de julho e uma fina garoa caía sobre a cidade. O vento assobiava uma melodia estridente, que mais parecia uivos de leão. E mesmo assim, Lívio saía com a babá para dar sua voltinha trivial na praça e visitar o pai no trabalho. Nesse dia, porém, algo terrível poderia ter marcado nossa vida... Ele entrou na agência num dia em que estava cheia... Pessoas que faziam depósito, outras que sacavam valores, outras que iam fazer empréstimos, enfim, estavam ali para serem atendidas pelos serviços que o Banco oferecia.
Ao chegar à Gerência, abraçou e beijou o pai que estava atendendo a uns clientes e se distraíra dele. Foi o tempo certo para, na curiosidade peculiar a toda criança, abrir uma das gavetas da escrivaninha. Em abrindo a gaveta, seus olhos brilharam!... Estava ali o seu brinquedo... Um brinquedo que vinha pedindo há muito tempo... Um revólver! Mas não era brinquedo! Como gerente do banco, meu marido tinha porte de arma e era obrigatório que ficasse a sua disposição, carregado, para alguma eventualidade. E Lívio com uma satisfação tamanha, pegou o revólver, com o dedinho no gatilho, apontou para toda a clientela e disse:
- Pai, posso atirar?
Durante muito tempo acordava sobressaltada ao pensar no que poderia ter acontecido, se meu marido não tivesse, como relâmpago, lhe tomado a arma que realizaria a sua fatídica missão.
A clientela, ao ver a arma apontada em sua direção, quis entrar em pânico, mas logo que o pai tomou a arma das mãos da criança e o susto passara, todos deram boas gargalhadas...
Não sei se você já percebeu, caro leitor, que gosto de contar as peripécias das minhas crianças. A de hoje é do meu filho mais velho. É a primeira que escrevo sobre ele. Não que não tenha aprontado muitas e boas, mas porque foi passando simplesmente... E, talvez porque ele tenha se tornado um moço responsável, sério, introspectivo, dedicado e muito atencioso. Mas vamos ao fato quando Lívio tinha apenas quatro anos. Havíamos mudado para uma cidade próxima à nossa. Com as mesmas peculiaridades de uma cidade pequena do interior. Seu povo muito bom, hospitaleiro, educado, traz consigo um orgulho bonito: de ser lá a terra do ilustre educador Anísio Teixeira e de tantas outras personagens famosas que fizeram história na música, nas letras, nas artes e na política. Estou falando de Caetité, “a pequenina ilustre”, título de um livro da Professora Helena Lima, uma das mestras mais cultas da antiga Escola Normal de Caetité.
Por ossos do ofício, meu marido fora transferido para essa cidade. Todos vivíamos muito bem lá, apesar da saudade que sentíamos dos nossos pais, parentes e amigos. E Lívio sentia essa saudade maior por ter deixado a Escola Cirandinha, sua vovó Rosa a quem tinha uma afeição e apego muito grandes. Sem falar na sua eficiente babá, a madrinha Dita, que amava muito e a achava linda!
Com outra babá em Caetité, ele ficou meio agitado, muito traquinas mesmo! Saía todos os dias para passear com ela na Praça da Catedral, onde funcionava o Banco em que seu pai trabalhava. Nesses passeios, sempre entrava na agência, inesperadamente, para dar o beijo e o abraço no pai, que saía cedo e o deixava dormindo.
Caetité é uma cidade de clima frio, um dos orgulhos também dos seus filhos. O frio imprime às pessoas uma postura mais centrada, exige vestuários elegantes e eu tinha a impressão, logo que ali cheguei, de que o povo era sisudo, “orgulhoso”, sabe aquele orgulho que despreza, que olha a pessoa de cima a baixo?... Mas era só impressão! A convivência diária com colegas no Instituto de Educação Anísio Teixeira, o IEAT, com os amigos, percebi o quanto estava equivocada! Caetité era a cidade que moraria, depois de Brumado, pela educação do seu povo, pelo seu clima, pela sua tradição.
Mas vamos ao nosso caso. Era mês de julho e uma fina garoa caía sobre a cidade. O vento assobiava uma melodia estridente, que mais parecia uivos de leão. E mesmo assim, Lívio saía com a babá para dar sua voltinha trivial na praça e visitar o pai no trabalho. Nesse dia, porém, algo terrível poderia ter marcado nossa vida... Ele entrou na agência num dia em que estava cheia... Pessoas que faziam depósito, outras que sacavam valores, outras que iam fazer empréstimos, enfim, estavam ali para serem atendidas pelos serviços que o Banco oferecia.
Ao chegar à Gerência, abraçou e beijou o pai que estava atendendo a uns clientes e se distraíra dele. Foi o tempo certo para, na curiosidade peculiar a toda criança, abrir uma das gavetas da escrivaninha. Em abrindo a gaveta, seus olhos brilharam!... Estava ali o seu brinquedo... Um brinquedo que vinha pedindo há muito tempo... Um revólver! Mas não era brinquedo! Como gerente do banco, meu marido tinha porte de arma e era obrigatório que ficasse a sua disposição, carregado, para alguma eventualidade. E Lívio com uma satisfação tamanha, pegou o revólver, com o dedinho no gatilho, apontou para toda a clientela e disse:
- Pai, posso atirar?
Durante muito tempo acordava sobressaltada ao pensar no que poderia ter acontecido, se meu marido não tivesse, como relâmpago, lhe tomado a arma que realizaria a sua fatídica missão.
A clientela, ao ver a arma apontada em sua direção, quis entrar em pânico, mas logo que o pai tomou a arma das mãos da criança e o susto passara, todos deram boas gargalhadas...
domingo, 26 de outubro de 2008
A LUA
Vejo a lua no alto
Prateada, cheia de luz
Brilhar no céu infinito
E tornar infinitos os meus pensamentos.
Vejo a lua cheia, grávida de amor
Derramar sua luz branca
Em cima da minha janela
E me atingir com seus reflexos.
Vejo a lua com seu clarão
Acordar-me para os ensaios
Que antecedem o ápice do amor
E tocar por inteiro meu chão.
Vejo a lua que chega atrevida
Gorda, bem redonda, alvacenta
Para invadir meu leito, amar e depois
Dormir comigo um sono perfeito.
Ser...
Poesia Pensamento
Ser...
Ser vida presente e essência
No elo mais profundo...
Não reduzir-se ao nascimento
E à morte que destrói...
Viver com entusiasmo
E penetrar a fundo...
Mesmo em tudo que dói...
Viver em você e em volta
E não se perceber
Como fragmento isolado...
Olhar para frente... Com jeito
Volver o olhar para os lados...
Não se ocultar de repente
Na fria e opaca tela de conceitos...
Ouvir a voz dentro do ser
E buscar a essência na dor
Sem se dar conta dos preconceitos!
E para não ser apenas sofredor
Nesse universo fragmentado
Que irrompe do seu próprio “eu”
Você precisa estar “acordado”.
Juntar-se às pequenas centelhas de luz
Agregar-se ao todo multidimensional
Respeitar no ser a dualidade que induz
Ao bem, ao mal; ao nascer e ao morrer
Antes de ser cindido pela força cósmica
Que tudo abrasa e domina, tudo elimina!
O importante é SER VOCÊ!
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Imaginação
Imagino o tempo...
Que resvalou pela minha vida
Definiu meus limites
E, sem medir conseqüências
Voou...
Imagino o agora...
Resultado das limitações impostas
Que me dão medo
Nesse mundo-enredo
Parou...
Com tantas imaginações
Que fiz da vida?
Passou o sonho
Vivo o presente dentro de mim
Fantasma do passado...
Hoje, não obedeço às linhas
Que me dão limites
Que me cerceiam desejos
Que definem estradas
(mal) tratadas...
Vazias, desertas...
De tudo que ficou
Num passado longínquo
Perdido no horizonte
Que busco com o olhar...
Imagino o futuro...
Com o colorido dos meus anseios
Mas vejo nele o reflexo
De um passado mal resolvido
Numa existência confusa, complexa
Dentro da complexidade do mundo.
sábado, 11 de outubro de 2008
Prosa poética
Solidão alada
Estar só... Ficar só... Será isso solidão?
Ou solidão é simplesmente um estado de espírito?
Muitos encontram na solidão, a paz, o bálsamo
Que reconforta a alma e a coloca em sintonia
Com Deus, com os Anjos e com os Astros...
É o sentir-se tomado pelas forças cósmicas...
É a comunhão total do humano com o divino.
Outras pessoas se angustiam quando em solitude...
Porque não sabem transcender à matéria!
Procuram nos rostos do outro o seu próprio rosto
Que já se perdeu no emaranhado das fisionomias
Sem nenhuma identidade, sem razão de viver...
Estar em solidão, portanto, depende muito de você
Do seu grau de vivência com o seu eu e o seu espaço.
Você pode, sim, sentir-se solitária, com muita gente ao seu redor...
Como pode estar plena, cheia de si, com as luzes
E as energias que capta do Universo
Mesmo estando materialmente só.
É nesse momento que você viaja por vários lugares
Põe seus pensamentos em órbita e voa com eles...
Nessa transmutação, há os encontros de diversas formas
Que arrancam da subjetividade tudo que você retém
Como sofrimento, no isolamento caótico do corpo.
Essa é a outra face da solidão... A solidão a serviço
Do aprimoramento da alma e do espírito
Para rever atitudes, comportamentos, idéias...
Pensar nas lutas travadas pelo homem
Na sua conquista pessoal e profissional
Pensar na vida e dar um sentido coletivo
A tudo que fizer, mesmo estando só.
Despertar
A tarde chegara brilhante e terna
E em volta de mim se ouviam
Os sussurros das águas que corriam
Sobre aquele mar de areia fina...
As asperezas da vida naquele momento
Tornaram-se macias ao toque dos meus pés...
Criança ainda, fazia barquinhos de papel
Que deslizavam sobre as águas cristalinas...
Não compreendia o mistério que envolvia
A vida que se parecia tão simples para mim...
E os barquinhos que fazia, levavam com eles
Sonhos despedaçados, fantasias infantis...
Mas outros barquinhos surgiam à minha frente
Não sei de onde vinham... Para onde iam...
E nesse ir e vir, não percebi que adormecera.
No silêncio “falante” dos devaneios que partiam...
Despertei mulher e pude entender
Nessa roda viva que me levava os sonhos
A mística presente em cada despertar...
E a consciência de que é preciso nessa vida amar.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
O reverso do meu verso
Os versos que escrevo
Na calada da noite
Ou em meio às conversas
De um jogo de futebol
Ou dos filhos a escutar música
Não são verdades exclusivas minhas
Podem ser verdades de outrem...
Essas verdades que exponho à análise
São realidades que a vida imprimiu
A cada dia, em alguém ou em mim
Para que deixássemos transbordar o cálice...
E, antes que todo ele derramasse
Fomos obrigados a sorvê-lo
Com sabor doce ou amargo...
Talvez alguém pensasse
No amargor de uma desilusão
E, não de imediato, falasse
Das angústias do seu coração...
Talvez alguém quisesse
Do cálice da vida sorver
Somente o néctar e a doçura...
Mas a vida é o antes e o depois
Tem máscara que encobre os desalentos
Desenganos, atropelos e amarguras...
Tem olhos que falam verdades e dores da alma
Tem boca que silencia o que a mente quer falar
E ouvidos que não querem ouvir
As realidades das caminhadas livres
Nem escutar as vozes dos sonhos e das utopias...
Fazer das verdades invisíveis
Só momentos de ternura
É assim declamar para o mundo ouvir
O reverso dos versos possíveis
Que se perderam muito além
Dos sentimentos embotados
Na imaginação de sonhos impossíveis
Que ficaram aquém...
O tempo escorre pelas nossas mentes
A vida exaure em cada decepção
E, num misto de prazer e dor
Nem percebemos que tudo é fugaz
Mas que viver os sonhos e as fantasias
Mesmo vestidos de alguma nostalgia
Vale a pena!
O que importa ao ser humano
É não passar pela vida apenas.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Só...
Só...
A noite traz pensamentos
Divago... devagar me ponho
Vou juntando desejos...
Costurando-os atenta...
Prendo-os com os meus sonhos
Eles não podem evolar-se
São partes de momentos risonhos
Que carrego juntos a mim...
Só...
Sem solidão que me entristeça
Os sonhos povoam meu ser
E alimento-os com calma...
Entro em alfa devagarzinho...
E transformo, assim, o meu viver
Em confraternização com minh’alma
Que se alegra de mansinho
Mesmo na solidão a me prender...
Só...
A casa está vazia de vozes
Mas enche-se de sonhos
Que povoam minha mente...
O que antes era tão soturno...
Transforma-se, num relance,
Em doce sonho noturno
Que a vida em seu desempenho
Ensina-me a aceitar...
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Espelho e as duas faces
Com um gesto bem natural
Viu-se diante do espelho...
E, nessa hora, revolveu seus dias
No emaranhado dos cabelos
Cujos fios já lhe diziam a verdade
Sobre o tempo que tão célere corria.
Face a face estiveram a ver assim:
Seu físico - a imagem que o espelho refletia
E o que havia de mais escondido de si mesma...
Então, se surpreendeu estarrecida
Com a moldura do seu rosto quase apagada
Sem graça, aparência envelhecida.
Envelhecida como as fotos em preto e branco
Guardadas como relíquias... amarelecidas
Num álbum de família; assim era sua face...
Em vez de um sorriso jovial, franco e aberto
Viu no rosto, outrora jovem e sem disfarce
Um sorriso trêmulo, triste e incerto.
Mas o espelho não revelava nesse instante
O viço e o frescor que trazia dentro do peito
Fruto de dias envolvidos de ternura e amores...
O que existia dentro de si meio hesitante
Só se refletia no espelho de sua alma
Onde guardava segredos e fantasias multicores.
O que o espelho do seu quarto revelava
Era outra identidade do seu interior
Eram sinais tão visíveis e tão fortes...
Que esse espelho não podia esconder
Era o reflexo exterior da face: outro parecer
Que nada falava do seu mais recôndito ser.
O que não pôde ver nesse passeio
Através da imagem que o espelho refletia
Foi o que de melhor a vida lhe dera:
Condição para viver, sonhar como queria
E a capacidade de ser melhor, amar melhor
E de se preparar para a grande travessia.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
A onda
Como um vestido de noiva radiante
Desfila pela nave no arrebol...
E sobe os degraus, bela e espumante
E desmancha-se em cada pôr-do-sol.
As angústias desse imenso mundo
Imerge-as com os tristes desenganos...
No abismo sombrio e profundo
Das águas escuras do oceano.
Os corpos que colhem a luz que flui
Mergulham no sal de águas azuis...
Enquanto no incessante marulhar
A onda na areia derruba sonhos
E fecha portas com olhar tristonho
É noite... É silêncio – volta ao mar!
Oração de Agradecimento
Oração de Agradecimento
Senhor, hoje quero Te agradecer...
Agradecer pelo canto dos pássaros
Que alegram a natureza...
Agradecer pela noite que traz as estrelas
Que piscam no firmamento...
E que chamam a lua para enfeitar a terra
E derramar seu clarão nos corações em trevas...
Agradecer pelo sol que brilha, após a aurora
E esparge seus raios nos campos e cidades
Para trazer calor e luz à vida...
Agradecer pela manhã
Que traz renovação ao espírito e à alma...
Agradecer pelo mar imenso, rios e cascatas
Fontes de energia, lazer e purificação
Que embelezam a natureza
E alimentam os homens e os animais...
Agradecer pelas árvores que purificam o ar
E oferecem alimento e abrigo a todo ser vivo...
Quero, ainda, agradecer-Te, Senhor, pela inteligência
Que permite ao homem pensar, criar, executar, amar e sonhar!
Por tudo isso, obrigada, Meu Deus!
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Vida Marinha
Soneto
Vida marinha
Em tépidas águas tropicais
A vida desponta em abundância
De cores e formas colossais
Mostram sua riqueza e exuberância.
Graciosos peixes em harmonia
Vivem em segredos nesse cenário
E ostentam beleza e magia
Ao flutuar nesse imenso aquário.
O homem ao ver tão belo espetáculo
Queda-se em silêncio e reflexão
E dirige ao céu uma oração.
Segue a orientação dos oráculos
E ante esse silêncio eloqüente
Estremece com o que vê, silente.
domingo, 7 de setembro de 2008
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Vem...
Vem!...
Vem!...
A última estrela já se apagou
É tarde... preciso te falar. Vem...
Há em cada pensamento escondido
Uma imagem partida... de alguém.
Vem!...
A lua já não tem seu brilho intenso
Sua magia perdeu-se na ilusão
Que fascinava o meu corpo tenso
Sua luz era sonho na solidão.
Vem!...
É tempo de reavaliar o que ficou
Sentimentos mutilados, sem brilho
Como a lua que, ao chegar radiante do sol
Esmaece sem graça no infinito.
Vem!...
Eu cá estou. No céu, a luz do sol
Para curar as cicatrizes feitas
Depois do abandono...
Por que esperar um novo arrebol?
Vem!...
Transforma tua inconstância
Em presença sempre aceita
Agora é a hora certa
Para enclausurar ilusões desfeitas.
Vem!...
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